Se você ainda não ouviu falar do Viber, certamente ouvirá. O mensageiro multiplataforma que tem versão em português abriu um escritório no Brasil em novembro com objetivo de derrubar a concorrência no país. Quando falamos de concorrência, leia-se WhatsApp. O israelense criador do software, Talmon Marco, foi um dos palestrantes da sétima edição da Campus Party e falou abertamente com a imprensa sobre os rivais e os planos de expansão global.
Com palestra marcada para a quinta-feira (30), Talmon fez questão de divulgar suas ideias sobre o Viber no Brasil. Em parceria com Luiz Felipe Barros, que gerencia a presença do app no país, ele conta que, embora tenha versões para iOS (iPhone), Android, Windows Phone, BlackBerry, Symbian, Nokia S40, Bada e versões desktop para Windows, Mac OS e Linux, seu principal alvo não é o Skype nem o Facebook, e sim o WhatsApp.
Segundo Talmon, o Viber, que é uma plataforma para fazer ligações, enviar mensagens de texto, vídeos, fotos e stickers (figurinhas), se difere do Facebook porque prioriza a comunicação de "um para um", ou de pequenos grupos. A agenda do app, sincronizada com os contatos do celular, e permite que, por exemplo, só se converse com quem é realmente intimo, evitando aparecer online para conhecidos e contatos distantes do Facebook.
Talmon, que não poupou críticas, disse que a rede social está no caminho errado. "O Facebook está sendo agressivo ao migrar o usuário para o Messenger. Sugere a troca de aplicativo, o que piora a experiência do usuário e consome mais energia do smartphone", argumentou.
Contra o WhatsApp, Barros, parceiro no "projeto Brasil" do Viber, acredita que, se comparados, a vitória é certa. "O Viber é suportado em todos os devices, dá uma entrega real de que a mensagem foi lida, é mais 'clean' e mais leve também", diz o executivo, enumerando qualidades do software.
Ainda de acordo com ele, no Brasil, o software móvel, que vive envolvido em polêmicas sobre ser ou não pago, é o maior rival. "Miramos no WhatsApp, ele é o nosso maior concorrente. Mas nosso produto é melhor, mais competitivo e oferece uma experiência boa que vai ser sempre gratuita", diz.
Sobre o Skype, foi sucinto. "Somos um aplicativo nativo do 'mobile', crescemos e fomos para o desktop. A experiência é melhor no 'mobile', mas também é boa no desktop. Quando você sai do Windows, por exemplo, a experiência do Skype é péssima", completa, engrossando críticas ao app.
Com três pessoas no Brasil, a equipe atual não trabalha em desenvolvimento de software. "Nada de engenheiros por enquanto, eles estão em Israel, Bielorússia, em Amsterdã", diz Talmon. Ainda de acordo com ele, o conteúdo localizado de stickers fará toda a diferença no país.
Questionado pelo TechTudo sobre qual plataforma oferece a melhor experiência do Viber, o executivo disse que, por preferência pessoal, é o iOS , para iPhone, celular que carregava no bolso e mostrou ao posar para fotos.
0 comentários:
Postar um comentário